Sábado, 20 de Junho de 2009
Ano XV - Edição N.: 3363
Poder Executivo
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HOMOFOBIA É DEBATIDA EM ESCOLA MUNICIPAL
Um encontro promovido pela Escola Municipal Domiciano Vieira na última semana teve como tema central a homofobia. Técnicos, educadores, diretores de escolas, pais e comunidade discutiram os desafios, as demandas, as estratégias e as dificuldades enfrentadas, principalmente pelos professores, nas salas de aula. A homofobia, entendida como aversão ou medo de quem gosta do igual, caracteriza-se pelo desprezo, que muitas pessoas tem, por quem mantém relações afetivas com pessoas do mesmo sexo. A discussão, inovadora e polêmica na educação, é, segundo especialistas, necessária, uma vez que os casos têm aumentado muito nos últimos anos, especialmente entre adolescentes.
Segundo a palestrante Liliane Anderson Caldeira (nome social), três homossexuais são assassinados por dia. “As consequências, na maioria das vezes, são graves, pois encontramos muitas dificuldades de inserção no mercado de trabalho e na escola. Conheço pessoas que foram aprovadas em concurso público e impedidas de assumirem o cargo, situações que levam vários homossexuais a se prostituírem e buscarem outros caminhos, como a droga, por exemplo”.
José Wilson Ricardo, membro do Conselho Municipal de Educação e coordenador do “Programa Educação Sem Homofobia” da Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte, disse que um parecer, aprovado pelo Conselho, propõe a inclusão do nome social de travestis e homosexuais nos registros internos das escolas.
Maria Helena Schimitz de Castro, diretora da escola, pretende dar continuidade aos encontros. “Não podemos parar, pois o assunto deve ser levado a todos os professores”, disse. A discussão representa um grande avanço para o alinhamento das políticas públicas como fortalecimento dos direitos humanos.
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